A Arbitragem no Benfica: Um Debate que Não Pode Desviar o Foco
No universo benfiquista, poucos temas geram tanta paixão e controvérsia como a arbitragem. Após o empate a 2-2 com o Arouca, o SPORT LISBOA E BENFICA emitiu um comunicado que ecoou forte entre os adeptos.
Vamos aos factos. O jogo contra o Arouca foi marcado por um penálti assinalado a favor dos visitantes, num lance envolvendo Otamendi e Jason, que muitos adeptos e analistas benfiquistas consideraram não existente, ponto. A decisão de António Nobre, apesar de ir contra o VAR, custou dois pontos preciosos na luta pelo título, permitindo ao Sporting recuperar a liderança.
No mesmo fim de semana, o BENFICA apontou o dedo a um lance no jogo Santa Clara-Sporting, onde um alegado penálti sobre Matheus Pereira não foi marcado. O comunicado do clube não se limitou a criticar: exigiu "verdade desportiva" e alertou para o papel do VAR, cuja função é corrigir "erros grosseiros".
Este discurso, embora firme, não é novidade no futebol português. A arbitragem sempre foi um terreno fértil para polémicas, e o BENFICA, como qualquer grande clube, já esteve dos dois lados da barricada – beneficiado em alguns momentos, prejudicado noutros. Segundo análises de especialistas, o Sporting tem mais razões de queixa acumulada ao longo da temporada, mas isso não apaga a frustração benfiquista com decisões recentes. O equilíbrio é ténue, e os erros, inevitáveis num desporto onde a subjetividade ainda pesa mais do que gostaríamos.
No entanto, é preciso manter a cabeça fria. O comunicado do BENFICA, embora legítimo na sua preocupação, corre o risco de alimentar uma narrativa que desvia o foco do essencial: o desempenho da equipa. O empate com o Arouca não se explica apenas por um penálti mal assinalado. Houve falhas defensivas, momentos de desconcentração e uma incapacidade de fechar o jogo após uma vantagem.
Bruno Lage, na conferência de imprensa, foi claro: "Já não tivemos tempo para voltar a marcar." Esta frase resume a realidade – no relvado, o BENFICA precisa de ser mais letal e consistente, independentemente das decisões arbitrais.
A história do clube é feita de superação, não de vitimização.
Os adeptos, com razão, sentem-se indignados. Nas redes sociais e nos fóruns, a arbitragem é dissecada com paixão, e o sentimento de injustiça é palpável. Mas o BENFICA não pode cair na armadilha de transformar cada jogo numa cruzada contra os árbitros. A história do clube é feita de superação, não de vitimização. Em 1961 e 1962, o Benfica conquistou a Europa com garra, não com queixas. Hoje, com um plantel talentoso e uma massa associativa inigualável, o caminho é o mesmo: focar no que se controla.
O que fica deste episódio? Uma exigência clara por maior competência arbitral, sim, mas também um aviso interno. O BENFICA enfrenta agora um teste crucial em Guimarães, e o dérbi com o Sporting, na penúltima jornada, pode ser decisivo. Cada jogo é uma batalha, e os verdadeiros guerreiros não se distraem com o que já passou. Como adeptos, devemos apoiar com a mesma intensidade com que criticamos, porque o Glorioso vive da nossa união.
Que o comunicado seja um grito de alerta, mas não uma muleta. O BENFICA é maior do que qualquer erro arbitral. E é no relvado, com a bola nos pés, que se escrevem as glórias. FORÇA, BENFICA
Nota final: Este artigo reflete a paixão benfiquista, mas mantém o realismo. A arbitragem é um problema estrutural do futebol português, mas o destino do BENFICA está nas mãos dos jogadores, do treinador e de todos nós, adeptos. Vamos em frente, sempre com a cabeça erguida!
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