Benfica 2-2 Arouca: Um Tropeção na Luz, Mas a Fé no Título Permanece

O Estádio da Luz encheu-se de expectativa, mas saiu com um sabor agridoce. O BENFICA, líder à condição da Liga Betclic, precisava de uma vitória contra o Arouca para consolidar o primeiro lugar.

Em vez disso, ficou-se por um empate 1-1 que soube a derrota. Foi um jogo onde a pressão pareceu pesar mais do que os 60 mil nas bancadas, onde as oportunidades surgiram mas não entraram, e onde os deslizes nos lembraram que, por vezes, somos nós próprios os nossos piores adversários. Ainda assim, eu acredito: este BENFICA vai ser campeão, e tropeções como este só nos tornam mais fortes.

Um Benfica com Vontade, Mas sem Clarividência

O BENFICA entrou em campo com a garra de quem sabe que cada jogo é uma final. Bruno Lage trouxe de volta os pesos pesados — Pavlidis, Di María, Kökçü — após as rotações contra o Tirsense, e a Luz pulsava com a certeza de que os três pontos viriam. A bola circulava, os extremos abriam o jogo, mas faltava aquele último toque que transforma ocasiões em golos.

Oportunidades Perdidas e Deslizes que Custaram Caro

As chances apareceram, mas a bola parecia ter jurado não entrar. Aos 12 minutos, Akturkoglu recebeu um passe de Tomás Araújo e soltou um remate que obrigou Mantl, o guarda-redes do Arouca, a esticar-se para ceder canto. Logo a seguir, aos 13, num canto batido pelo turco, Tomás Araújo cabeceou com perigo, mas Fontán cortou em cima da linha — a Luz prendeu a respiração!

Aos 16, outro canto, e Pavlidis subiu para cabecear, mas Alex Pinto estava no sítio certo para salvar o Arouca. Antes do intervalo, aos 38, Pavlidis ainda acertou no poste após um desvio, e nós, Benfiquistas, já perguntávamos: “Como é que isto não entra?”. Foram momentos em que o estádio acreditou, mas o golo teimava em fugir.

Deslizes na Segunda Parte e o Peso da Pressão

Na segunda parte, o BENFICA continuou a carregar, e aos 60 minutos veio o alívio: numa jogada de classe, Carreras arrancou pela esquerda, passou a Aursnes, que ajeitou para Kökçü soltar um remate colocado — 1-0, e a Luz explodiu!

Mas a pressão do primeiro lugar à condição pesou. Aos 72 minutos, Otamendi derrubou Sylla na área, e o árbitro marcou penálti. Güven Yalçin converteu com frieza, fazendo o 1-1 que gelou o estádio.

Bruno Lage reagiu a partir do banco, promovendo as substituições de Di María e Florentino por Belotti e Schjelderup, trazendo nova vitalidade e ousadia ao ataque dos encarnados. Essas alterações foram decisivas: aos 79 minutos, Pavlidis mostrou seu faro de artilheiro ao surgir na área e concluir com precisão, aproveitando um passe perfeito de Kökçü para colocar o placar em 2-1 e parecia que os três pontos estavam garantidos.

O estádio ainda celebrou o possível 3-1 aos 85 minutos, mas o golo acabou por ser invalidado. Aursnes encontrou Schjelderup em boa posição, e o jogador escandinavo finalizou com sucesso. No entanto, estava em posição irregular.

Só que os fantasmas voltaram nos descontos. Aos 90+6, Weverson, num lance de insistência do Arouca, apareceu solto e fez o 2-2 — um balde de água fria que silenciou a Luz. Foram erros que doeram: a defesa desposicionada no penálti, a desconcentração fatal no fim.

Mas a pressão do primeiro lugar à condição pesou. Queríamos tanto vencer que nos atrapalhámos, jogando mais com o coração do que com a cabeça.

A Pressão do Topo e os Nossos Fantasmas

Ser líder, mesmo à condição, é um peso que nem todos carregam com leveza. O BENFICA sabia que o Sporting estava à espera de um tropeção, e esse fantasma pareceu pairar na Luz. 

Não podemos culpar o adversário, mas podemos culpar a arbitragem e a dualidade de critérios com situações semelhantes em jogos que distam  24 horas entre si. O Arouca fez o jogo possível, arranjado e personalizado, com cortes decisivos e um Mantl inspirado. Mas nós, Benfiquistas, sabemos que, no fundo, este empate é culpa nossa — criámos a pressão, criámos os erros, criámos o monstro que nos travou.

Acreditar Sempre, Apesar de Tudo!

As adversidades, por vezes, são obra nossa. Hoje criámos um empate que não queríamos, mas ser Benfiquista é nunca desistir. Cada deslize é uma lição, cada ponto perdido é um lembrete de que o caminho para o título é feito de suor e raça. Acredito que vamos ser campeões, porque este grupo tem alma, tem qualidade e tem a Luz a empurrar. Amanhã, quando o sol nascer, estaremos de novo na luta, prontos para o próximo jogo, prontos para o Jamor, prontos para tudo.

Força, Benfica! O 39 está à nossa espera, e nós não vamos parar!

📸 @slbenfica