Confesso, mais uma vez, que não tive oportunidade de ver o jogo em directo nem tão pouco um resumo alargado deste empate na casa do vizinho rival.

Vi sim um o resumo oficial (?) da Liga num site de um jornal e, deu para constatar uma coisa muito óbvia: Um ambiente muito, mas muito hostil! Apercebi-me disso porque o resumo não contém comentários tendo só apenas o som ambiente, daí que as assobiadelas ao jogadores do BENFICA eram constantes e muito deste fel foi atirado contra o nosso Artur, que foi vaiado e ultrajado desde o aquecimento.

Nesse resumo deu para perceber que a estratégia do clube de Alvalade passava por aí, colocar pressão no Artur sempre que a bola circundava a nossa área. Até foi brindado com uma tarja e, não é de espantar que o grupo se manifestasse de forma carinhosa com o Rei Artur no final do jogo.

Fez lembrar um pouco quando o Neno guardava a baliza do BENFICA... sempre que a bola andava na área era uma aflição, então nos cantos...!

Continuando, vejo que as observações do Jorge Jesus na conferência de imprensa estão certas. Duas equipas cujas defesas anularam a criatividade atacante. Já vimos este filme, num derby em que os golos só aparecem no final do jogo é porque algo de diferente de passou.

Ah, mas as estatísticas deram não-sei-quantos cantos e a posse de bola foi muito maior...e daí? Os de Alvalade dominaram o jogo mas não o controlaram. Ponto final. Mas o BENFICA não jogou nada, o Jorge Jesus orientou mal a equipa, etc... concordo, mas o que é facto é que o golo do Jardel pode bem ser o golo do título e o que conta é o resultado final.

Claro que gostaria de ganhar, jogar bem e dar show... mas quando não é possível - porque nem sempre sai tudo como queremos - entram outros valores e soubemos bem os empregar. Com 3 minutos mais os descontos para se jogar, já nada fazia prever mas, eis que o grande Jardel e a equipa acreditaram e, foram felizes. Assim é que é!

Foto ©Sport Lisboa e Benfica